Mostrar mensagens com a etiqueta Univadis. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Univadis. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Café pode reduzir o risco de cancro do fígado

A ingestão de café reduz o risco de carcinoma hepatocelular, o tipo de cancro do fígado mais comum, em cerca de 40%, sugere um estudo publicado na revista “Clinical Gastroenterology and Hepatology”.
O estudo levado a cabo pelos investigadores do Instituto de Pesquisa Farmacológica e da Universidade de Milão,em Itália, também indica que o consumo de três chávenas de café por dia pode reduzir os risco deste cancro em mais de 50%.
“O nosso estudo confirma que realmente o café é benéfico para a saúde. Este efeito do café no cancro do fígado pode ser mediado pelo facto de esta bebida impedir a diabetes, um fator conhecido da doença, ou ter efeitos benéficos na cirrose e nas enzimas presentes no fígado”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Carlo La Vecchia.
De forma a chegar a estas conclusões os investigadores fizeram uma revisão de artigos publicados entre 1996 e 2013, tendo sido selecionados 16 estudos de elevada qualidade que envolveram 3.153 casos.
Apesar da consistência dos resultados encontrados nos estudos, é difícil perceber se a associação entre o consumo de café e o carcinoma hepatocelular é casual ou se esta relação pode ser em parte atribuída ao facto de os pacientes com cancro do fígado e outras doenças digestivas diminuírem, voluntariamente, o consumo de café.
“Ainda não está claro se o café tem um papel adicional na prevenção do cancro do fígado. Mas mesmo que este seja o caso, o seu papel será limitado comparativamente com que é conseguido através das medidas atuais”, referiu Carlo La Vecchia
O estudo refere que o cancro do fígado pode ser evitado através da vacinação contra o vírus da hepatite B, controlo da transmissão do vírus da hepatite C e redução do consumo de álcool. Estas três medidas, podem, em princípio, evitar 90% dos cancros do fígado primários em todo o mundo.

2013-10-28
Estudo publicado na revista “Clinical Gastroenterology and Hepatology”

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dormir muito ou pouco associado a doenças crónicas

Dormir muito ou pouco está associado ao desenvolvimento de doenças crónicas como diabetes, doença coronária, obesidade e ansiedade, nos indivíduos com 45 anos ou mais de idade, sugere um estudo publicado na revista “SLEEP”.
Para o estudo os investigadores do Centers for Disease Control and Prevention, nos EUA, contaram com a participação de 54.000 indivíduos com 45 anos ou mais de idade. “Dormir demasiado” foi definido como dormir 10 horas ou mais, e “dormir muito pouco” foi definino como 6 horas ou menos.
O estudo apurou que 31% dos participantes dormiam, em média, seis ou menos horas durante um período de 24 horas, 65% dormiam o tempo ideal (entre seis a nove horas) e 4% dormiam, em média, 10 ou mais horas.
Após terem analisado a relação entre o sono e a saúde, os investigadores constataram que comparativamente com os indivíduos que dormiam o tempo ideal, aqueles que dormiam pouco apresentavam um maior risco de ter doença coronária, acidente vascular cerebral, diabetes, obesidade e distúrbios mentais frequentes.
Resultados semelhantes foram encontrados entre os indivíduos que dormiam em demasia, exceto nos casos de doença coronária, acidente vascular cerebral e diabetes, em que a associação foi ainda mais forte. “Dormir mais horas não significa necessariamente dormir melhor”, revelou, em comunicado de imprensa, o presidente da American Academy of Sleep Medicine, Safwan Badr.
De acordo com Safwan Badr as pessoas têm de perceber que o sono afeta a saúde. Um estilo de vida equilibrado não envolve apenas adoção de uma dieta saudável e estar em forma, a quantidade e qualidade de sono é também importante.
“Os adultos devem dormir entre sete a nove horas diárias para conseguirem obter os efeitos benéficos do sono, mas isto é especialmente importante para aqueles que sofrem de doenças crónicas”, acrescentou o investigador.
Safwan Badr refere que os indivíduos com doença crónica sofrem habitualmente de condições associadas ao sono como apneia e insónia, que afeta a sua capacidade de ter uma boa noite de sono. Caso um indivíduo acorde exausto, é necessário identificar o problema. “O diagnóstico de uma doença de sono e o seu posterior tratamento pode significar uma melhoria significativa dos sintomas e aumento da qualidade de vida”, conclui o investigador.

http://www.univadis.pt/medical_and_more/pt_PT_Noticiario_Inv_Cient?articleurl=/CT/noticiario_medico/investigacao_cientifica/Dormir-muito-ou-pouco-associado-a-doencas-cronicas

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Fibrilação atrial e resveratrol - caminho de um novo fármaco

Uma equipa internacional de investigadores demonstrou que um novo fármaco que tem por base o resveratrol, composto encontrado no vinho tinto e frutos secos de casca rija, pode ser utilizado no tratamento da fibrilação atrial, revela um estudo publicado no “British Journal of Pharmacology”.
Atualmente existem poucos fármacos no mercado que ajudem a tratar eficazmente a fibrilação atrial, um problema comum do ritmo cardíaco que aumenta em cinco vezes o risco de acidente vascular cerebral, assim como insuficiência cardíaca e morte.
Adicionalmente, os fármacos que existem apresentam vários efeitos secundários graves. Uma vez que o resveratrol é um composto natural, os investigadores esperam que o novo fármaco seja melhor tolerado pelo organismo.
Na verdade há muito que os efeitos cardioprotetores do resveratrol são conhecidos. Alguns estudos anteriores sugeriam que este composto parece prevenir algumas doenças do ritmo cardíaco, diminuir a pressão arterial e reduzir o aumento do músculo cardíaco.
Neste estudo a equipa de investigadores, liderada pelos cientista da Universidade de Alberta, nos EUA, observaram que os novos fármacos baseados no resveratrol e que foram testados num ambiente laboratorial ajudaram a regular a atividade elétrica do músculo cardíaco. Esta regulação foi conseguida pela inibição das correntes elétricas irregulares e pela redução do tamanho dos episódios de ritmo cardíaco anormal.
Estes novos fármacos têm por alvo múltiplas atividades na célula, enquanto os medicamentos atuais para os problemas do ritmo cardíaco têm apenas uma ou duas áreas específicas como alvo.
Atualmente, os investigadores estão a melhorar o fármaco em cooperação com os investigadores do Centre for Drug Research and Development. “Estamos na fase seguinte do desenvolvimento de um novo medicamento oral para pacientes com fibrilação atrial que poderá ser tomado diariamente para impedir a ocorrência desta condição. Estamos a melhorar a solubilidade, absorção, o modo como é metabolizado e o tempo que permanece em circulação”, referiu, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Peter Light. O investigador espera que os ensaios clínicos com a nova versão do fármaco tenham início nos próximos três a cinco anos.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dor crónica: uma alternativa de tratamento mais natural e saudável

Um derivado do ácido docosahexaenóico (DHA), o composto principal do suplemento de óleo de peixe, pode aliviar e prevenir a dor neuropática causada por lesões do sistema sensorial, sugere um estudo publicado nos “Annals of Neurology”.
Os investigadores da Universidade de Duke, nos EUA, acreditam que este derivado, denominado por neuroprotectina D1=D1 protectina (NPD1=PD1), pode fornecer aos médicos e pacientes que estão preocupados com a adição à medicação e à toma de opióides, uma alternativa mais natural e saudável.
Os investigadores liderados, por Ru-Rong Ji, explicaram que o NPD1=PD1 é um lípido bioativo que as células produzem em resposta a estímulos externos. Este composto, que está presente nos leucócitos humanos, está envolvido na resolução da inflamação cerebral e abdominal.
Para o estudo os investigadores utilizaram um modelo animal de lesões nervosas para simular os sintomas de dor habitualmente associados ao trauma nervoso causado por cirurgia. Os ratinhos foram tratados com NPD1=PD1 de forma a determinar se o composto era capaz de aliviar os sintomas.
O estudo apurou que o NPD1=PD1 foi não só capaz de aliviar os sintomas, como também reduziu a inflamação das células nervosas após as lesões. O composto reduziu a dor através da inibição da produção de quimoquinas e citoquinas, ou seja, pequenas moléculas que atraem os macrófagos inflamatórios às células nervosas.
O investigador explicou que os medicamentos para a dor neuropática podem conduzir à dependência e à destruição das células nervosas sensoriais. Quanto ao NPD1=PD1 verificou-se que este não parece conduzir à dependência física, o alívio da dor é conseguido com uma dose baixa do composto, não foi observada tolerância aumentada nas experiências realizadas nos ratinhos e que este composto é capaz de reduzir a inflamação das células nervosas após danos. Ru-Rong Ji acrescentou que espera agora testar este composto em ensaios clínicos.
2013-07-24
Estudo publicado nos “Annals of Neurology”