Uma dieta rica em polifenóis aumenta a longevidade dos idosos, dá conta um estudo publicado no “Journal of Nutrition”.
Os polifenóis são compostos naturais encontrados em grande quantidade em
frutas, vegetais, café, chá, frutos secos de casca rija e cereais.
Mais de 8.000 compostos fenólicos foram identificados, até à data, em
plantas. É do conhecimento comum que os polifenóis têm propriedades
antioxidantes, anti-inflamatórias e anticancerígenas.
Neste estudo os
investigadores da Universidade de Barcelona, em Espanha, em colaboração
com investigadores italianos e americanos, contaram com a participação
de 807 indivíduos com 65 anos ou mais de idade, que foram acompanhados
ao longo de 12 anos.
O efeito da dieta
rica em polifenóis foi analisado através de um biomarcador nutricional,
a concentração urinária de polifenois totais. Na verdade este foi o
primeiro ensaio em que a medição deste marcador foi utilizada em estudos
clínicos ou epidemiológicos.
Um dos autores do
estudo, Andrés Lacueva, explica que o desenvolvimento e a utilização
deste tipo de marcadores permite fazer uma estimativa mais objetiva e
precisa da ingestão de compostos, uma vez que a análise não se baseia
apenas nas respostas obtidas através de questionários, os quais estão
altamente dependentes da memória dos participantes. Os biomarcadores
nutricionais têm em conta a biodisponibilidade e as diferenças entre os
indivíduos. De acordo com o especialista, esta metodologia torna a
avaliação da associação entre o consumo de alimentos e mortalidade ou
risco de doença mais precisa.
O estudo apurou
que a mortalidade foi reduzida para 30% nos participantes que tinham uma
dieta rica em polifenóis (>650 mg/dia) comparativamente com aqueles
que tinham uma baixa ingestão destes compostos (<500 mg/dia).
“Estes resultados
corroboram a evidência científica que sugere que as pessoas que
consomem dietas ricas em frutas e vegetais apresentam um menor risco de
desenvolvimento de várias doenças crónicas e de mortalidade no geral”,
referiu, em comunicado de imprensa, o primeiro autor do estudo, Raúl
Zamora Ros.
O especialista
chama ainda atenção para a importância da utilização dos biomarcadores
nutricionais na avaliação do consumo de alimentos.
http://www.univadis.pt/
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