quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Dormir muito ou pouco associado a doenças crónicas

Dormir muito ou pouco está associado ao desenvolvimento de doenças crónicas como diabetes, doença coronária, obesidade e ansiedade, nos indivíduos com 45 anos ou mais de idade, sugere um estudo publicado na revista “SLEEP”.
Para o estudo os investigadores do Centers for Disease Control and Prevention, nos EUA, contaram com a participação de 54.000 indivíduos com 45 anos ou mais de idade. “Dormir demasiado” foi definido como dormir 10 horas ou mais, e “dormir muito pouco” foi definino como 6 horas ou menos.
O estudo apurou que 31% dos participantes dormiam, em média, seis ou menos horas durante um período de 24 horas, 65% dormiam o tempo ideal (entre seis a nove horas) e 4% dormiam, em média, 10 ou mais horas.
Após terem analisado a relação entre o sono e a saúde, os investigadores constataram que comparativamente com os indivíduos que dormiam o tempo ideal, aqueles que dormiam pouco apresentavam um maior risco de ter doença coronária, acidente vascular cerebral, diabetes, obesidade e distúrbios mentais frequentes.
Resultados semelhantes foram encontrados entre os indivíduos que dormiam em demasia, exceto nos casos de doença coronária, acidente vascular cerebral e diabetes, em que a associação foi ainda mais forte. “Dormir mais horas não significa necessariamente dormir melhor”, revelou, em comunicado de imprensa, o presidente da American Academy of Sleep Medicine, Safwan Badr.
De acordo com Safwan Badr as pessoas têm de perceber que o sono afeta a saúde. Um estilo de vida equilibrado não envolve apenas adoção de uma dieta saudável e estar em forma, a quantidade e qualidade de sono é também importante.
“Os adultos devem dormir entre sete a nove horas diárias para conseguirem obter os efeitos benéficos do sono, mas isto é especialmente importante para aqueles que sofrem de doenças crónicas”, acrescentou o investigador.
Safwan Badr refere que os indivíduos com doença crónica sofrem habitualmente de condições associadas ao sono como apneia e insónia, que afeta a sua capacidade de ter uma boa noite de sono. Caso um indivíduo acorde exausto, é necessário identificar o problema. “O diagnóstico de uma doença de sono e o seu posterior tratamento pode significar uma melhoria significativa dos sintomas e aumento da qualidade de vida”, conclui o investigador.

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