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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Proteína do leite materno pode reverter resistência aos antibióticos

Um complexo proteico encontrado no leite materno pode ajudar reverter a resistência aos antibióticos de bactérias causadoras da pneumonia e de infeções por Staphylococcus, sugere um estudo publicado na revista “Plos One”.
Após terem realizado estudos em células e em animais, os investigadores da University at Buffalo, nos EUA, descobriram que a proteína conhecida por HAMLET (sigla em inglês) aumentava a sensibilidade das bactérias a várias classes de antibióticos, incluindo penicilina e eritromicina.
O efeito encontrado foi tão pronunciado que o Streptococcus pneumoniaeresistente à penicilina e o Staphylococcus aureus resistente à meticilina (SARM) tornaram-se sensíveis a antibióticos aos quais anteriormente eram capazes de resistir, explicaram os investigadores.
“A HAMLET tem o potencial de reduzir as concentrações dos antibióticos que temos de utilizar contra as infeções e permite a utilização de antibióticos contra estirpes resistentes”, explicou em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Anders Hakansson. As bactérias parecem ter dificuldade em desenvolver resistência ao HAMLET. Este complexo é capaz de provocar a morte de uma grande quantidade de bactérias durante várias gerações.
Um das coautoras do estudo, Laura Marks, refere ainda que contrariamente aos fármacos sintéticos, o HAMLET é um complexo que está naturalmente presente no leite materno, não estando por isso associada aos efeitos tóxicos frequentemente observados nos antibióticos capazes de eliminar os organismos resistentes.
Estes resultados são assim muito prometedores numa altura em que os hospitais estão a tentar conter as "superbactérias" como a SARM, a culpada pelas infeções hospitalares letais.
Estudo publicado na revista “Plos One”

terça-feira, 30 de julho de 2013

Lua cheia afecta a qualidade do sono


Investigadores suíços demonstraram que os ciclos lunares e a qualidade do sono estão associados. O estudo publicado na “Current Biology” sugere que apesar das comodidades da vida moderna os seres humanos respondem ao ritmo geofísico da lua.
“O ciclo lunar parece influenciar o sono, mesmo quando não vemos a lua ou não estamos informados sobre a sua actual fase”, revelou, em comunicado de imprensa, o líder do estudo, Christian Cajochen.
Para o estudo, os investigadores da Universidade da Basileia, na Suíça, contaram com a participação de 33 indivíduos provenientes de dois grupos etários. Os participantes foram convidados a dormir num ambiente laboratorial, período durante o qual foram monitorizados os seus padrões de cerebrais, movimentos oculares e hormonas segregadas.
Nem os técnicos que estavam a fazer os exames, nem os participantes tinham conhecimento que os autores do estudo estavam a analisar o efeito do ciclo lunar nos seus padrões de sono. O estudo apurou que a qualidade de sono dos participantes durante a lua cheia foi afetada. Estes resultados refletiram medidas subjetivas, ou seja, informações dadas pelos participantes bem como medidas objetivas.
Os investigadores verificaram, especificamente, que a lua cheia diminuía a atividade cerebral em cerca de 30%. Os participantes demoravam, em média, mais cinco minutos a adormecer e dormiam menos 20 minutos durante esta fase da lua. O estudo também demonstrou que os níveis de uma proteína envolvida na regulação do ciclo de sono e vigília, a melatonina, estavam também mais baixos na lua cheia.
"Esta é a primeira evidência fiável de que o ritmo lunar pode modular a estrutura do sono dos seres humanos”, revelaram os autores do estudo.
De acordo com Christian Cajochen, a resposta à fase da lua observada, a qual foi denominada por “ritmo circalunar”, pode ser uma relíquia de tempos antigos, quando o comportamento humano era mais fortemente influenciado pela lua.
O estudo refere ainda que a influência que o efeito da lua é atualmente mascarado pela influência da luz elétrica e outros aspetos da vida moderna. Na opinião dos investigadores seria interessante analisar cuidadosamente a localização anatómica do relógio circalunar, bem como as suas bases moleculares e neuronais. Poderia até e conclui que a lua afeta outros aspetos do comportamento, bem como o desempenho cognitivo e o humor.