terça-feira, 27 de agosto de 2013

Dor crónica: uma alternativa de tratamento mais natural e saudável

Um derivado do ácido docosahexaenóico (DHA), o composto principal do suplemento de óleo de peixe, pode aliviar e prevenir a dor neuropática causada por lesões do sistema sensorial, sugere um estudo publicado nos “Annals of Neurology”.
Os investigadores da Universidade de Duke, nos EUA, acreditam que este derivado, denominado por neuroprotectina D1=D1 protectina (NPD1=PD1), pode fornecer aos médicos e pacientes que estão preocupados com a adição à medicação e à toma de opióides, uma alternativa mais natural e saudável.
Os investigadores liderados, por Ru-Rong Ji, explicaram que o NPD1=PD1 é um lípido bioativo que as células produzem em resposta a estímulos externos. Este composto, que está presente nos leucócitos humanos, está envolvido na resolução da inflamação cerebral e abdominal.
Para o estudo os investigadores utilizaram um modelo animal de lesões nervosas para simular os sintomas de dor habitualmente associados ao trauma nervoso causado por cirurgia. Os ratinhos foram tratados com NPD1=PD1 de forma a determinar se o composto era capaz de aliviar os sintomas.
O estudo apurou que o NPD1=PD1 foi não só capaz de aliviar os sintomas, como também reduziu a inflamação das células nervosas após as lesões. O composto reduziu a dor através da inibição da produção de quimoquinas e citoquinas, ou seja, pequenas moléculas que atraem os macrófagos inflamatórios às células nervosas.
O investigador explicou que os medicamentos para a dor neuropática podem conduzir à dependência e à destruição das células nervosas sensoriais. Quanto ao NPD1=PD1 verificou-se que este não parece conduzir à dependência física, o alívio da dor é conseguido com uma dose baixa do composto, não foi observada tolerância aumentada nas experiências realizadas nos ratinhos e que este composto é capaz de reduzir a inflamação das células nervosas após danos. Ru-Rong Ji acrescentou que espera agora testar este composto em ensaios clínicos.
2013-07-24
Estudo publicado nos “Annals of Neurology”

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